Caríssimos
coordenadores e catequistas como é de costume, em nossa Diocese, a grande
maioria das paroquias realizam as celebrações que conferem aos adolescentes o
Sacramento da Crisma neste período do ano. Propõe–se algumas dicas e
orientações com o intuito de ajudá-los na organização das mesmas.
É correto dizer Missa da Crisma e
não missa do crisma. (este termo se refere a Missa com a Benção dos Santos
óleos, inclusive o do Crisma, na quinta feira pela manha, antes do início do
Tríduo Pascal.
1. Os crachás ou etiquetas (conforme costume da paroquia)
com o nome dos Crismandos sejam escritos com letras bem legíveis e grandes.
2. Se for fazer fotos dos Crismandos na entrada, estes
devem iniciar a procissão 20 minutos antes, ou de acordo com o número de
Crismandos para não atrasar o início da Celebração. A Procissão de Entrada da
Missa deve acontecer quando os crismandos já estão nos seus devidos lugares.
3. É imprescindível que os Crismandos aguardem o momento
da Celebração com espírito de alegria e silenciosa oração.
4. Os Catequistas da Crisma devem conduzir os Crismandos
aos seus lugares alguns minutos antes da procissão de entrada e orientá-los
para que permaneçam em silêncio e participem com atenção e devoção, nas orações
da missa, cantando as canções e também mantendo silencio no devido momento.
5. Para o uso das velas no momento da Renovação das
Promessas Batismais, é aconselhável que os Catequistas da Crisma ou os
Crismandos que estão nas pontas dos bancos se dirijam ao Círio Pascal, acendam
suas velas e passem aos outros Crismandos. Propomos este modo para que o
acendimento das velas não quebre o ritmo celebrativo, alongando demais o rito e
prejudicando-o por isso.
6. No momento da imposição das mãos, toda a Assembleia
deve acompanhar a prece feita pelo Bispo com o máximo de silêncio e espírito de
oração.
7. Na hora da Unção com o Santo Óleo do Crisma, os
Crismandos devem se aproximar do Bispo, acompanhados de seus padrinhos ou
madrinhas. Estes devem colocar a mão direita sobre o ombro do afilhado. Nesta
hora não deve haver canto, isso para possibilitar que o diálogo entre o Bispo e
o Crismando seja bem ouvido por ambos. Apenas é aconselhável um fundo musical
suave para favorecer o clima de oração na assembleia. Dado o ambiente
celebrativo litúrgico e o momento oracional que encerra a invocação ao Espírito
Santo também pela unção, o mais aconselhável são canções em estilo gregoriano,
de preferência referentes ao Espírito Santo (não escolher músicas marianas, por
exemplo).
8. Avisos e
homenagens somente depois da Oração após a Comunhão. Em algumas paroquias tem se o habito de
realiza-los após a Bênção final.
9. Se a Crisma ocorrer em Domingo Comum é rezada a Missa
Ritual com leituras e orações próprias e paramentos vermelhos, somente se for
num horário de Missa especial para os Crismandos. Se for a Missa em horário
normal da Paróquia, para o Povo, deve ser rezada a Missa dominical, ou seja da
Liturgia do Dia.
10. A melhor data
para a celebração da Crisma é no decorrer dos Domingos pascais ou durante o Tempo
comum. Mas, se for escolhida uma data que coincide com alguma solenidade, ou no
Tempo do Advento, Quaresma ou Tempo Pascal, não pode ser mudada a liturgia,
apenas se faz o rito da Crisma no momento oportuno em que a liturgia o prevê.
Com paramentos da cor litúrgica correspondente.
11. Se for usar o Folheto próprio da Crisma sugiro que
adotem o “Deus Conosco” da Editora Santuário. Uma vez que o Folheto “O
Domingo”, traz a Oração Eucarística V que não corresponde com o Prefácio. Se a
paroquia for organizar uma liturgia própria esta deve passar pelo conhecimento
do pároco juntamente com o conhecimento do Bispo, neste caso sugere-se como
oração Eucarística a II ou III, pois permitem a oração do prefácio próprio da
Crisma.
12. Para que a celebração não se prolongue em comentários
sobre comentários, o simbolismo do Círio Pascal e dos santos óleos que serão
usados na celebração sejam recapitulados no decorrer do último ensaio antes da
celebração. Para a celebração em si, os comentários sejam breves, fazendo
menção do rito e da finalidade do mesmo.
13. De acordo com as orientações Litúrgicas da Igreja, o
ministério da música (grupos, bandas ou corais) cante com suavidade e jamais
deixem sobressair os instrumentos, a ponto de abafar as vozes. Vale lembrar que
os instrumentos funcionam como suporte para que a voz torne-se louvor ou prece
ao Pai durante a canção.
14. Pede certa atenção na organização e realização da
Celebração. Sobretudo no momento do rito sacramental, um Diácono, acolito ou
Ministro, poderá segurar o microfone para o Bispo na hora da Unção, quando se
pronuncia o nome do Crismando e a fórmula da Crisma, facilitando a mobilidade
do Bispo.
15. Quanto as fotos com o Bispo. Deve haver bom censo e
tomar consciente anterior com o mesmo em relação a sua disponibilidade. Em
muitas situações acontece celebrações de crisma em horários próximos não
tornando possível este momento.
16. Quanto as lembrancinhas de acordo com cada paroquia. O
ideal é que aconteça da forma mais tranquila possível. Sempre depois da benção
final da celebração. É aconselhável marcar um momento para a entrega da
lembrança da Crisma.
A melhor
forma de preparação acontece no decorrer da catequese, incutindo na consciência
do catequisando a importância, a beleza e o valor do sacramento. Quantos as
questões rituais e detalhes da celebração devem ser apresentadas nos ensaios,
deixando o dia celebração em plena condição de vivenciar o sacramento.
Percebemos
quão importante seja crismar-se, quando entendemos que a Crisma nos leva a
atingir a plenitude da “iniciação cristã” começada no Batismo: temos
necessidade de sermos fortificados pelo Dom de Deus, para sermos capazes de
acreditar, esperar e amar muito além de nossa fraqueza, aprender a agir em
comunhão com a Igreja, para comunicar toda a beleza do Senhor.
“Todos
ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo
o Espírito lhes concedia que falassem"(Atos 2.1-4)
(assessor Diocesano de Catequese)
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